Foto: Elton de Castro |
Ídolo maior da torcida do Sport dentro do atual elenco, o goleiro Magrão está há mais de oito anos na Ilha do Retiro. O tempo de casa e as boas atuações deram a ele o status de ídolo, que só foi conquistado pelo menos dois anos depois da chegada ao Rubro-negro. O segundo lugar no coração do torcedor hoje é ocupado por um jogador que está há bem menos tempo no clube. Contratado em janeiro, o atacante Marcos Aurélio não cansou de dar alegrias nesta temporada com golaços que conduziram a equipe ao acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Na partida contra o Boa Esporte, ele deixou sua marca mais uma vez.
Com gols e passes - são 22 gols marcados e dezenas de assistências na Série B-, Marcos Aurélio ajudou o Sport a crescer no torneio deste ano, mas ao mesmo tempo também recolocou o seu nome no cenário nacional. Depois de brilhar especialmente no Atlético-PR e no Coritiba, ele teve um período de baixa no Internacional e chegou ao Recife querendo reconstruir a carreira. Conseguiu com a mesma facilidade com que acertou os chutes de fora da área que encaminharam o acesso do Leão.
- Fico muito feliz por ter ajudado o Sport a subir e ter sido importante nesta conquista. Acho que isso é o fruto do meu trabalho. Desde que cheguei ao Recife, sempre me dediquei muito nos treinamentos. Quando assinei com o Sport e cheguei ao Recife, ainda no aeroporto, falei para o meu empresário que seria muito feliz vestindo essa camisa. Felizmente isso se confirmou.
Ciente de que foi uma figura importante na conquista do acesso, Marcos Aurélio acredita que a atual temporada foi uma das melhores de sua carreira. Aos 29 anos, ele garante que nunca foi tão artilheiro como na Ilha do Retiro.
- O Sport foi o único clube em que eu fiz 30 gols na temporada. Foi com certeza uma das melhores campanhas que eu fiz na minha carreira. É um feito muito grande e estou muito feliz aqui.
Os números são altos, mas talvez o que mais tenha impressionado na temporada de Marcos Aurélio foi a quantidade de gols bonitos. Ceará, São Caetano, Oeste, América-MG, ASA-AL, Chapecoense e Avaí foram alguns alvos das pinturas do camisa 10 do Leão.
- Eu já tive a oportunidade no Coritiba e no Atlético-PR de fazer muitos gols bonitos. Acho que isso acontece pelo fato de eu ter a facilidade de chutar de longe. O pessoal me chama de chuta-chuta, mas eu digo que tenho que chutar. Se não for assim a bola não vai entrar. Vou chutar 30 vezes e uma vai entrar. Acredito que esse é o caminho.
O bom momento no Sport faz com que Marcos Aurélio não pense nem duas vezes para responder quando é questionado se pretende ficar na Ilha do Retiro na próxima temporada. Emprestado pelo Internacional até o final do ano, ele garante que a vontade é de permanecer.
- Eu adquiri um respeito e um carinho muito grande pelo clube e estou muito feliz aqui. Espero que o Sport renove o meu contrato porque eu quero ficar. Vou dar prioridade ao Sport porque foi um clube que abriu as portas para mim. Quando um jogador tem a confiança de todos e o respeito responde dentro de campo dando alegrias ao torcedor.
Se Marcos Aurélio goza hoje de um prestígio inabalável na Ilha do Retiro, o mesmo não se pode dizer do início de 2013. Depois de ser apresentado como uma das principais contratações do ano, ele fez uma estreia brilhante contra o Confiança pela Copa do Nordeste, mas não conseguiu manter a sequência que esperava e acabou ficando no banco de reservas durante boa parte do primeiro semestre.
- Tive um momento bom na minha estreia e depois tive uma queda e acabei indo para a reserva com Sérgio Guedes. Continuei trabalhando e me preparei para voltar e quando voltei pude participar de vários jogos como titular. Ajudei o Sport em vários jogos e sei que fui fundamental neste acesso com a ajuda dos meus companheiros.
Marcos Aurélio garante que nunca desanimou mesmo quando não era titular da equipe. A confiança que tinha no seu futebol o enchia de esperança.
- A gente fica um pouco chateado quando vai para o banco de reservas, mas coloquei na minha cabeça que tinha que trabalhar para dar a resposta dentro de campo. Conversei com vários amigos daqui do clube. Meus amigos Leguelé (roupeiro), Pelé e Marcelo (seguranças) me deram vários conselhos para que a eu trabalhasse porque na hora que entrasse não ia perder mais minha vaga. E foi isso que eu fiz. Treinei muito, me dediquei e pude colher o que eu plantei.
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