segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Pratas da casa: incentivo ou tapa-buraco?

Um fato que há anos não acontecia numa apresentação do time do Sport em todo início de ano: o número de jogadores da base do clube fazendo parte do elenco profissional. Juntando os que já estavam, retorno dos emprestados e os que subiram de categoria são ao todo 12 jogadores, que são os seguintes: Saulo, Flávio, Oswaldo, André, Renato, Renê, Welton, Ronaldo, Everton, Everton Felipe, Sandrinho e Érico Júnior.

O número elevado de jogadores oriundos do clube na apresentação deixa a incerteza na cabeça de todos que fazem o Sport. Será que esses jogadores vão ter oportunidade ao longo do ano? Ou será que vão ficar peranbulando enquanto a diretoria não resolve o quesito das contratações? O Leão vai participar este ano de competições importantes e qualificar o elenco é preciso. Mas essa qualificação está em casa ou vai ser preciso buscar fora? Everton Felipe é promessa e a torcida clama por mais oportunidades a Sandrinho e Érico Júnior. Mas se eles não corresponderem?

Muitos clubes fazem caixa ao investirem nas categorias de base e têm o retorno com venda e empréstimos de jogadores. Porém o "negócio da China", apesar de parecer interessante, não é seguido por outros. Para se ter uma ideia o último jogador da base a dar retorno ao Sport foi o atacante Ciro, revelado em 2008 e vendido em 2011 para um fundo de investimentos por R$ 4 milhões. Antes, a diretoria havia recusado uma oferta de R$10 milhões do Shaktar Donetsk, da Ucrânia.

Lembremos que no passado os pratas de casa deram muitas alegrias a torcida do Sport e dinheiro para o clube. Como não lembrar dos "menudos da ilha" formado por Juninho, Chiquinho, Zinho e Leonardo? Naquele grupo de 1994-95 ainda tinha Sandro, Adriano, Dedé..., todos prata de casa, que foram para outros clubes e alguns até vestiram a camisa da Seleção Brasileira. A realidade hoje é o zagueiro Oswaldo, que de esquecido em meio a tantos zagueiros no elenco, recuperou o setor mais criticado na Série B do ano passado na reta mais decisiva do campeonato. Será que os de agora terão tamanha personalidade?

Como não há videntes no futebol, todas as respostas a essas perguntas vai depender da quantidade de oportunidades que esses jogadores terão, paciência do treinador e, é claro, o desempenho deles. A torcida espera ansiosa por boas surpresas.

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