domingo, 19 de janeiro de 2014
A triste história de Marlon Carneiro em um jogo de futebol. Poderia ser a sua
Blog do Cassio Zirpoli
Essa é a história de Marlon Carneiro.
Sem demagogia alguma, poderia ser a sua. Caso você frequente os estádios de futebol no Brasil, possivelmente já foi…
Marlon chegou em João Pessoa no dia que antecedeu ao jogo. Aproveitou a curta distância entre as capitais da Paraíba e de Pernambuco para passar o fim de semana.
Foi ao estado vizinho sobretudo para torcer pelo seu time, ao lado dos amigos.
Ele não tem vínculos com torcidas uniformizadas. Preferir vestir a camisa do clube e levar a própria bandeira.
Marlon queria apenas estar presente na estreia de sua paixão nos gramados, como tantos outros, independentemente de suas cores preferidas.
Infelizmente, esse torcedor teve uma de suas piores tardes em um estádio…
Não há aí qualquer relação com o futebol mediano. Isso é normal, é do esporte. Afinal, só existem três resultados possíveis.
Fora do campo de jogo é que veio a verdadeiro temor, com o cenário rotineiro de violência no país.
A velha mistura com a falta absoluta de controle das uniformizadas, abuso de força policial e desempenho pífio dos organizadores de um esporte tido como profissional.
A bola ainda rolava quando Marlon levou um tiro de borracha na perna. Em situação já difícil, viu gente pertinho na arquibancada sofrendo ainda mais. No fim, se viu no meio de uma praça de guerra, com brigas, pedradas, correria, spray de pimenta e tiros. Desespero total.
Isso ocorreu em um jogo com menos de mil pessoas no setor para visitantes, com todo os os presentes tendo a memória viva de uma recente briga generalizada na elite.
Esse relato todo foi contado no próprio twitter de Marlon. Na rede social, ele também compartilhou as fotos desta postagem, registradas em um smartphone no meio do tumulto.
O recifense havia divulgado uma imagem antes de a partida começar, cruzando os punhos, sem perceber que o erro já estava ali.
Porém, o sorriso dele era aquele mesmo que você tem ao entrar em um estádio e ver de perto o seu clube, ansioso pela festa.
Imaginando sempre que a violência jamais chegará até você. Já chegou. Faz tempo…
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