segunda-feira, 13 de maio de 2013

Falta de investimento financeiro causa ao Sport prejuízo em campo


Quando deixou a presidência do Sport, em dezembro do ano passado, Gustavo Dubeux orgulhou-se de deixar para o seu sucessor, Luciano Bivar, R$ 10 milhões em caixa. Montante que ficou de uma receita de R$ 73.098.500 durante a temporada passada segundo balanço financeiro do clube.

O cenário positivo fez com que o então vice-presidente de futebol, Milton Bivar projetasse um investimento de cerca de R$ 2 milhões no elenco. Porém, o valor não agradou o mandatário do clube, Luciano Bivar, que solicitou um grupo de, no máximo, R$ 1,5 milhões. O “arrocho” financeiro desagradou a cúpula do futebol, que se viu obrigada a investir na política do “bom e barato”.

Para Luciano Bivar, a inciativa foi uma maneira de não onerar o clube, tendo em vista que o Sport disputaria a Série B e, supostamente, não teria o mesmo lucro da temporada seguinte.

- Não podemos montar um elenco muito caro, pois estamos disputando a Série B. Não adianta nada contratar vários jogadores e não poder pagá-los.

Porém, antes de deixar o clube, Gustavo Dubeux fez questão de afirmar que o Sport conseguiria, através de contratos firmados com patrocinadores manter sua receita no mesmo patamar.

O barato que saiu caro

Mesmo assim, o Rubro-negro decidiu espelhar-se no rival Santa Cruz, que conquistou o bicampeonato pernambucano com elenco considerado barato. No entanto, quando entrou no mercado, o Leão sentiu a dificuldade de competir com clubes da Série A.

Com isso, nomes como os de Marquinhos Catarina, Cléber Santana e Durval acabaram ficando de lado, pelo alto valor das negociações.

Inicialmente, oito jogadores foram contratados: Roger, Mateus Alves, Maurício, Gabriel, Fábio Bahia, Marcos Aurélio, Rodriguinho e Mateus Lima. O que representou um investimento de cerca de R$ 1,5 milhões.

Mesmo assim, a ordem era economizar mais. E quando o meio-campo Hugo, considerado o maior investimento da folha de pagamento, deixou o Sport para defender o Goiás, os dirigentes investiram na contratação Lucas Lima, que veio para o clube sem custos.

A falta de investimento acarretou em sérias consequências em campo. O técnico Sérgio Guedes chegou a ser obrigado a escalar Felipe Menezes como centroavante, por não ter opção para substituir Roger, lesionado. Situação evidenciada na final do Pernambucano, quando o treinador não conseguiu montar um esquema capaz de fazer o seu sistema ofensivo funcionar.

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