Foto: Paulo Paiva |
Antes mesmo do Sport iniciar a goleada de 4 a 0 no amistoso com o Boca Junior-SE, Vadão saiu do banco de reservas no estádio Nelson Peixoto Feijó, em Maceió. Levou a mão direita ao queixo e observou atento a movimentação dos atletas. Na maior parte do jogo, foi assim. Gestos comedidos e orientações acompanhadas de tranquilidade. Mas se engana quem pensa que a aparente serenidade e os cabelos brancos deixam o treinador acomodado, em ritmo de fim de carreira. Já se foram 20 anos como técnico, mas, acredite, Vadão encontra na equipe rubro-negra a oportunidade de um recomeço.
Oswaldo Fumeira Alvarez, de 56 anos, já viveu quase tudo no futebol. No Sport, completa o 18º clube da carreira. Passou por São Paulo, Corinthians e Atlético-PR. Ainda assim, sente a necessidade de se firmar em outras regiões. “Lá em São Paulo, eu já sou conhecido. Tive vários convites, inclusive, para o Campeonato Paulista, mas eu preferi sair. Aqui no Sport é um recomeço no sentido de voltar a comandar um time de massa. Poderia ter ficado no Guarani, mas preferi o novo. A possibilidade de me firmar em uma nova região”, afirma.
Nos 12 dias em que ficou em Maceió, Vadão deu os primeiros passos para construir o seu projeto à frente do Leão da Ilha. Ao seu estilo calmo, vale ressaltar. Um exemplo claro de sua postura serena foi antes do amistoso contra o Boca Junior-SE, na última terça-feira. O adversário atrasou em mais de uma hora o início da partida. Enquanto isso, ele se sentou no banco de reservas e concedeu uma entrevista que não estava programada. Deu as respostas incisivas, mas sem a perder a tranquilidade.
Vadão é uma aposta do Sport que se remete ao ano de 2008. Na época, Milton Bivar era o presidente do clube e apostou em Nelsinho Batista para comandar a equipe. O perfil do técnico era semelhante ao do atual. O treinador estava afastado das grandes equipes do país, mas encontrou um novo rumo no clube conquistando a Copa do Brasil.
Agora, Milton Bivar voltou ao Sport como vice-presidente de futebol e tenta aplicar a mesma receita que deu certo no passado. De imediato, a intenção é colocar Vadão, que já foi preparador físico da comissão de Nelsinho Batista, como o comandante de um novo título da Copa do Nordeste. “Vamos entrar para brigar pelo título. Ainda não temos uma equipe totalmente formada, mas a cobrança já existe”, declara Vadão. “Temos seis jogos na primeira fase e nós temos que ficar entre os dois primeiros colocados. Não há tempo para errar”, acrescenta.
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