Mesmo com o resultado expressivo diante do Vasco em São Januário e os anseios do presidente Gustavo Dubeux por um time ofensivo, sobre os quais falou abertamente após a partida de domingo, o técnico do Sport, Sérgio Guedes, ainda não sabe se manterá o esquema com três atacantes no Orlando Scarpelli. Para a próxima rodada, contra o Figueirense, ele preferiu manter o suspense, sob a justificativa de que "dependerá de como o adversário jogará".
Guedes, contudo, não escondeu que gostou do que viu e afirmou que a tendência é manter uma escalação mais ofensiva, até porque o Sport ainda amarga a zona de rebaixamento e precisa ultrapassar o Bahia para mudar essa condição. A distância é de quatro pontos.
- A tendência é a gente manter uma equipe agressiva, ofensiva. E precavida também, porque tem de haver equilíbrio. O fator determinante hoje foram os apoiadores. Não se enfiaram dentro da zaga, também não passaram toda hora, ou seja, entenderam o equilíbrio que a equipe precisa. A tranquilidade existe em função da boa participação, mas essa competição não dá tempo para muita tranquilidade não. O grupo precisa transpirar para fazer as coisas acontecerem.
No que depender do atacante Felipe Azevedo, autor do primeiro gol contra o Vasco, o esquema será mantido.
- Chegamos a jogar dessa forma dentro do campeonato, mas as coisas não encaixaram como a gente queria, mas dessa vez encaixou, os gols saíram naturalmente, então me senti muito bem. Gosto de jogar aberto, buscar mais a bola, acho que foi uma boa apresentação de toda a equipe.
Para o treinador, apesar de ter vencido o Vasco em seu estádio por 3 a 0, o placar poderia ter sido ainda maior.
- Aquilo que está sendo proposto está sendo feito. Não foi o jogo, foi a semana intensa, de entrega. A produção foi melhor, o número de chances de gol foi grande, fizemos três, mas poderíamos ter feito mais. Não oferecemos tanto a uma equipe forte como o Vasco, mantivemos a arquibancada fria, então por isso estou dizendo que os atletas foram muito competentes e merecedores dos elogios que estou fazendo agora.
Ele destacou ainda que é normal os jogadores festejarem um resultado como o deste domingo, já que terão folga nesta segunda-feira, mas que a partir de terça, o panorama é outro.
- Vamos comemorar, mas a partir de terça é trabalho, suor, dificuldade à vista, valorização do que foi feito aqui hoje, mas sabendo que isso significa que seremos mais cobrados dentro dos jogos. Precisamos oferecer mais e ter uma intensidade maior ainda.
O técnico fez questão de elogiar o papel exercido por Hugo e Cicinho na partida em São Januário. Ele havia pedido aos dois para assumirem o papel de líderes do grupo.
- Acho importante isso acontecer, porque eles têm de verdade uma liderança, queiram ou não. Foi muito positivo. O Hugo disse: 'Quero ser cobrado pelo que eu não faço, não pelo que faço'. Então eu disse que ele seria mais assistido, teria uma função de chamar a responsabilidade, e ele fez. Não só no jogo, no dia a dia. Eles têm uma história e precisam contar aos demais como construíram isso, para que os outros possam crescer com isso.
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