terça-feira, 20 de novembro de 2012

Erlon relembra os tempos vitoriosos no Sport e diz como a sua carreira desandou


Os títulos viraram um hábito para o ex-zagueiro Erlon. Permaneceu por seis anos no Sport. Na Ilha do Retiro, conquistou o pentacampeonato pernambucano, entre 1996 e 2000, além de uma Copa do Nordeste, no mesmo ano do último título da sequência dos cinco estaduais. Tornou-se ídolo da torcida rubro-negra. Entrava treinador, saia treinador, e ele seguia com presença garantida entre os titulares da equipe. Deixou o Leão após receber uma proposta do Atlético Mineiro, em 2002. Voltou para Pernambuco na temporada seguinte para defender o antes rival Náutico. Depois, mergulhou em um turbilhão de problemas pessoais e largou o futebol por três anos e meio. Quando voltou, já era tarde de mais.

A vida de Erlon desmorona

O ex-zagueiro prefere não entrar em detalhes sobre o que aconteceu com ele de 2003 até meados de 2006. Porém, revela ter passado por problemas pessoais com a esposa. "Na época, tomei atitudes que me desestruturaram completamente. Minha vida e a minha família estavam acabando por algumas coisas que fiz", conta. "Eu precisava dar uma pausa e parar de jogar por um tempo para me restaurar. Graças a Deus, consegui. Não adianta estar rico, ganhando dinheiro, mas sem ter a coisa mais importante do mundo, que é a ver a sua família bem", acrescentou, emocionado.

O retorno ao futebol

Com a vida familiar reestabelecida, Erlon foi jogar no ASA, em 2007. Sem sucesso, foi atuar na Série A2 do Campeonato Pernambucano pela Usina Catende, a pedidos de amigos que mantém no clube. Ainda no mesmo ano foi contratado pelo Guarany de Juazeiro-CE, onde ficou até o final da temporada seguinte. Em 2009, parou no Treze da Paraíba. Aos 34 anos, encerrou a carreira, justificando que não queria passar o tempo que ainda lhe restava no futebol perambulando por times intermediários. "Quando a gente defende equipes como Sport, Náutico, Atlético Mineiro, se acostuma com uma vida altamente profissional. Nesses últimos clubes que passei, não havia isso. Para se ter uma ideia, em nenhum deles fiz sequer pré-temporada", sentencia.

Os inesquecíveis tempos na Ilha do Retiro
Ao tocar no assunto Sport, Erlon dá mostras irrefutáveis de nostalgia. Diz que se arrependeu de, em 2001, ter saído do clube onde foi revelado para defender o Atlético Mineiro. De acordo com o ele, se fosse hoje, não o teria feito. "Na época, estávamos numa má fase no Sport, rebaixado para a Segundona e com salários atrasados. A experiência em Belo Horizonte foi boa, mas eu estava bem mais habituado aqui no Recife", falou o ex-zagueiro, natural de Jurema - cidade a 193 quilômetros da capital pernambucana. Contudo, dois jogos marcaram positivamente a vida de Erlon no Rubro-negro. Um foi a decisão da Copa do Nordeste de 2000. Um 2 a 2 com o Vitória da Bahia, na Ilha do Retiro, e a taça ficou com com o Sport. O primeiro gol do confronto foi marcado pelo ex-jogador. "Jogávamos pelo empate e era uma partida duríssima. Fiz o primeiro, depois o Vitória virou o placar e só no final Sangaletti conseguiu o empate", lembra. "Foram os meus melhores tempos", complementa.

O outro duelo que não sai da memória de Erlon aconteceu em sua estreia em um campeonato brasileiro da Série A, em 1996. Comandado pelo treinador Givanildo Oliveira, o Sport recebeu o Internacional de Porto Alegre. Triunfo por 2 a 0 em cima dos gaúchos. O primeiro gol foi, novamente, assinalado por Erlon. "Esta era a minha primeira participação como profissional em uma primeira divisão, e o gol foi em cima de Goycochea (goleiro da Argentina na Copa do Mundo de 1990). Uma emoção enorme", relata.


A passagem "salvadora" pelo Náutico

Em 2003, Erlon foi indicado por Givanildo Oliveira para trabalhar no Timbu. Os tempos não eram dos melhores. O Alvirrubro estava prestes a ser rebaixado para a Terceira Divisão. Não foi. E o ex-zagueiro comemora. "Valeu como um título. Na última rodada, vencemos o Bragantino lá em São Paulo e evitamos o pior", afirma.

Atualmente

O futebol deixou um legado financeiro para Erlon. Aos 38 anos, reestabelecido na sua vida pessoal, vive no Recife, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade, e está fazendo um curso de treinador. No entanto, diz que não quer atuar na função. "É uma coisa que Deus abriu as portas para eu investir, mas eu não queria seguir nessa profissão. O meio do futebol é muito complicado e não quero voltar. Quem trabalha corretamente, é prejudicado", pontua.




7 comentários:

  1. Elton já vi muitos jogos seu na ilha do retiro. I sou o seu fam...

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  2. DEUS te abençoe sempre. Sou o seu fam

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  3. Joguei junto com erlon no Vasco de Ana Albuquerque em Igarassu pe nós tempos de Garoto o que eu admirava no erlon era que depois dos jogos agente enchia a cara de cerveja menos o erlon não bebia de jeito nenhum, tempos bons aquele,lembra quando fomos vice campeão de futsal no municipal de paulista eu fazia dupla de fixo com com ainda tinha o Forlán que era outro craque o Dilson tempo bom que não volta mais.eu queria ver você como treinador e tenho orgulho de dizer que foi parceiro de zaga com você.

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  4. Esperamos uma visita sua aqui em Cruz de Rebouças para poder visitar os amigos que no começo de tudo fizeram parte do início da sua carreira.

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  5. Lembro ainda do time de futsal Dilson baixinho goleiro, erlon e Didi atrás Dilson e Forlán na frente era um ótimo time.

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  6. ALGUÉM SABE O INSTAGRAM DE ERLON???

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  7. Elton fomos vizinho na praça da bandeira em Jurema o pai dele é meu padrinho a última vez que eu avi foi na minha despedida em 1985 eu vim mora em São Paulo tenho ele como irmã amigo que saudades de vc meu menino. Aonde tu estiver muitas muitas bençãos repletas de saúde paz harmonia felicidades

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