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Imagem: Reprodução/Globo Nordeste |
Globoesporte.com
Vinícius Eduardo Alves, de oito anos, é mais um garoto jogando futebol em um campinho de terra batida no Bairro de Rio Doce, em Olinda. A empolgação é a mesma para correr atrás da bola. Mas, enquanto os garotos que brincam com ele sonham com um futuro também dentro de campo, Vinícius quer apenas a chance de continuar sonhando. A diferença dele para os outros garotos é que Vinny, como é carinhosamente chamado, não tem uma das pernas. Há dois anos, a família descobriu que o menino sofre de uma doença rara: Sarcoma de Ewing, um tipo de câncer agressivo, que atinge os ossos.
- Um dia ele estava brincando, jogando futebol e de repente a perna foi pra trás. Aí fizemos um raio-x e verificou-se que ele tinha duas rachaduras na perna. Assim foi detectado que Vinícius estava com câncer – explica a mãe, Edna Lázaro.
Por causa da doença, Vinícius precisou amputar a perna esquerda, 15 dias depois de ter perdido o pai, que morreu de câncer. A situação do menino é grave e há poucas chances de cura. A esperança está depositada em um tratamento na Alemanha.
- Os médicos no Brasil disseram que já fizeram tudo que podiam e não foi suficiente. A gente soube através de um médico português sobre as células dendítricas.
O tratamento com células dendítricas, que consiste em retirar sangue do paciente e transformá-lo em vacina para injetar na área afetada pela doença. O procedimento não existe no Brasil e custa cerca de 110 mil reais.
Desempregada e sem recursos, a mãe recorreu à rifas e à internet para tentar arrecadar o dinheiro. Apesar da campanha "Tudo Pelo Vinny" ter ganho repercussão nas redes sociais, até agora só foram arrecadados 7 mil reais.
Enquanto a mãe tenta reunir condições para buscar a cura do filho, Vinícius vai levando a vida com coragem, confiança e alegria. O menino tenta ter uma rotina normal, de qualquer garoto, sempre com um sorriso no rosto.
- Brinco de pega, de esconder, bolinha de gude, ando de skate e, de vez em quando, também faço uma caminhada.
Tudo isso usando sempre a inseparável camisa do Sport, clube do coração. Vinícius até já se encontrou com o ídolo do time, o goleiro Magrão. Mesmo com dificuldade por não ter uma perna, bater bola no campinho da comunidade é a atividade preferida. Vinícius usa muletas para poder brincar com os amigos, mas não deixa de participar. E assim, o pequeno guerreiro prova a cada dia que, para viver um sonho, definitivamente, não é preciso ter os dois pés no chão.
Doações para ajudar Vinícius podem ser depositadas no Banco do Brasil, agência 2365-5, conta 300.000-1, em nome de Edna Lázaro Alves.
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