segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Criticado por queda em 2012, Dubeux assume futebol e leva Sport à elite

Foto: Aldo Carneiro

Globoesporte.com

Quando deixou a presidência do Sport para assumir o Conselho Deliberativo do clube, Gustavo Dubeux carregou a imagem de um ótimo administrador - capaz de deixar o Rubro-negro com R$ 10 milhões em caixa - mas sem sucesso no futebol. Apesar de ter conquistado o acesso à Série A, em 2011, o dirigente foi responsabilizado pelo rebaixamento na temporada seguinte. No entanto, menos de um ano após deixar o clube com a imagem arranhada,  Dubeux resolveu “peitar” os críticos e assumir o futebol rubro-negro, no pior momento da equipe na Série B.

O cenário era péssimo. Cinco jogos sem vencer, derrota por 4 a 2 para o ABC, clube na oitava posição, crise interna e efetivação do técnico das categorias de base, Neco, para assumir o comando da equipe. Era preciso fazer algo. Acompanhado do vice-presidente jurídico do clube, Arnaldo Barros, e por Luciano Monte, Dubeux reuniu-se com Luciano Bivar com um pedido: assumir o futebol do clube com plenos poderes.

- Tinha que fazer algo pelo clube. Lógico que existia o risco de manchar ainda mais a minha história, mas o meu foco era o Sport. Então, conversei com Luciano para que a gente desse uma chacoalhada, pois era o momento. Então, eu, Arnaldo e Luciano tomamos a decisão de montar essa força tarefa. O presidente apoiou a ideia e fomos juntos. Felizmente, deu certo. Em momentos difíceis, temos que dar a cara e foi isso que fizemos. O Sport, como sempre, está em primeiro lugar.

Na mesma noite em que ganhou a autorização para comandar o futebol, Dubeux convenceu o presidente do clube de que Neco não poderia comandar o Sport na Série B. A escolha de Geninho para o cargo, no entanto, não agradou aos torcedores, que direcionaram suas criticas ao dirigente. Ciente da rejeição ao nome do técnico, o dirigente decidiu “bancar” a contratação.

- Quando você assume uma posição, não pode ser pela metade. Tinha pedido para ajudar o futebol do clube e não podia fazer algo que não acreditasse. Geninho é um técnico experiente e conhecedor do mercado. Foi ele quem indicou Neto Baiano, que nos ajudou muito. É um profissional que se atualiza. Sabia das criticas, mas não era hora de pensar nisso. Todo mundo queria o acesso e, mesmo que não tivesse dado certo, tinha a convicção de que ele era a escolha certa, como foi.

A chegada do treinador e do dirigente repercutiu entre os jogadores. Para o goleiro Magrão, o grupo ficou mais confiante com a chegada da dupla.

- Quando Dubeux assumiu o futebol nos ajudou muito. Até pela posição que ele tem no clube. É importante ter alguém como ele, pois ele passa confiança. É um cara muito otimista, mesmo nos momentos mais difíceis. Isso conta muito. Algumas vezes ele cobrava e isso foi importante.

Apesar do reconhecimento interno, o dirigente prefere dividir o triunfo com o restante da diretoria leonina. Para Gustavo Dubeux, a união foi determinante para que o clube conquistasse o acesso.

- O acesso não foi algo feito por mim. Tivemos uma força tarefa. Como disse, Luciano Monte, Arnaldo, eu e todos os outros mostramos que estávamos juntos com o presidente, que comprou a ideia e nos ajudou. Os jogadores e a comissão técnica fizeram a parte deles e isso foi o fator determinante.

Com a sensação de dever cumprido, Gustavo Dubeux ainda não sabe se seguirá exercendo um papel mais efetivo dentro do futebol. De acordo com o dirigente, a ideia é entregar o cargo para que o presidente escolha como será feito o planejamento da próxima temporada.

- O meu acordo com Bivar era que eu ficaria até o fim de novembro. Conquistamos o acesso e tenho que deixar o presidente livre para que ele escolha como será o planejamento. No Sport, as coisas são feitas com harmonia e não seria elegante da minha parte impor algo ao presidente. Devo lealdade a ele. Então, entregarei o cargo, mas ajudarei no que for preciso e da forma como o presidente acreditar que posso ajudar.

Mesmo entregando o cargo, Dubeux acredita que o clube precisa organizar-se de uma forma mais profissional, para não repetir os erros de 2012, quando acabou rebaixado.

- Vamos fazer uma boa campanha na próxima temporada. Para isso, é necessário que exista a entrega de todo mundo e profissionais que possam nos ajudar.

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