Diante do Flamengo, hoje, o goleiro fará seu 400º jogo pelo Sport. De presente, os jogadores querem dar a vitória ao time que não ganha há dez partidas
A discrição é uma das características mais marcantes da carreira de Magrão. Ele não costuma fazer firulas e tampouco apela para a plasticidade gratuita. Prefere posicionar-se no lugar certo e praticar uma defesa segura, de modo a iniciar o contra-ataque assim que possível. Um dos líderes do elenco leonino, também não utiliza a posição para questionar posturas de jogadores, treinadores, diretoria, torcida ou imprensa. Acima de tudo, Magrão veste a camisa do Sport. Contra o Flamengo, às 21h de hoje, em Volta Redonda, pela 400ª vez. Por tudo isso, é certo dizer que ele não vai solicitar nenhuma homenagem aos colegas. É ainda mais certo afirmar que não há, para o paredão rubro-negro, presente mais adequado que a vitória.
Nesta primeira rodada do returno, a situação do Sport é bem diferente daquela que Magrão projetara no início da competição. Ali, diante da montagem do elenco, o goleiro vislumbrou a possibilidade de o time alcançar seu melhor desempenho num Brasileiro, desde que chegou à Ilha do Retiro, em 2005. Hoje, pensar numa posição melhor que o 11º lugar – alcançado em 2008 – entra na conta do devaneio. Sem vencer há dez jogos, o Leão mergulhou de cabeça na crise e passa a encarar a fuga do rebaixamento como a conquista de um título.
“Não era a campanha que a gente esperava. Principalmente por conta dos jogadores que temos nesse grupo. São atletas qualificados e deveríamos estar brigando por algo melhor“, pontuou Magrão. “Vejo um momento delicado para o Sport, mas ao mesmo tempo estou confiante pelo que apresentamos nos últimos jogos contra Fluminense e Náutico. A nossa realidade é fugir do rebaixamento, estou esperançoso e temos que fazer um returno de recuperação.”
A situação é tão delicada, que os jogadores estão tratando o 0 a 0 com o Náutico na Ilha do Retiro, como um exemplo de que o time tem potencial para evitar a queda. O reconhecimento do esforço da equipe por parte da torcida injetou um novo ânimo no grupo, que seguiu para o Rio de Janeiro disposto a voltar para casa com três pontos na bagagem. “Medo é uma palavra que não faz parte nem da minha vida e nem do meu vocabulário. Receio existe, mas medo não. E neste momento nem receio tenho. No Brasileiro é assim: as equipes que estão na situação da gente são as que dificultam mais. Não dá para escolher jogos e no momento nossa concentração é no Flamengo”, destacou Cicinho. “Todos os jogadores devem dar o máximo. Assim, nós podemos surpreendê-los”, acrescentou.
Ficha do jogo:
Flamengo: Felipe; Leonardo Moura, Welinton, Marcos González e Ramon; Víctor Cáceres, Luiz Antonio, Ibson e Thomás; Negueba e Vágner Love. Técnico: Dorival Júnior.
Sport: Magrão; Cicinho, Diego Ivo, Edcarlos e William Rocha; Renan (Tobi), Rithely, Moacir e Hugo; Felipe Azevedo (Henrique) e Gilsinho (Gilberto). Técnico: Waldemar Lemos.
Local: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Horário: 21h. Árbitro: Ricardo Marques (Fifa-MG) Assistentes: Alessandro Matos (Fifa-BA) e Tatiana Freitas (Fifa-RS).
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